Corri a o mês de julho de 1976. Estávamos – minha mulher e eu – em lua de mel na cidade de Guarapari. É uma belíssima cidade litorânea capixaba. O conhecido inverno paulista não chega ao Espírito Santo e, lá, curtíamos um verão generoso.
Na praia fizemos amizade com um cachorro vira-latas que era uma graça. Só não o trouxemos para São Paulo porque estávamos viajando em ônibus de carreira. Desse cãozinho guardamos algumas fotografias.
Tornamo-nos também amigos de um casal gaucho que lá também curtia seus primeiros dias de casamento.
Certo dia soube que Cauby Peixoto se apresentaria na boate da cidade. Por questão de economia – uma vez que o preço da mesa era caríssimo – dividimos a mesa com o casal amigo.
Aí tivemos uma mostra de profissionalismo do cantor de “Conceição”: apesar de a boate estar quase completamente vazia (só nossa mesa estava ocupada!) Cauby deu um show imperdível bem junto da nossa mesa.
São lembranças amáveis...
Entretanto, só agora, escreverei para justificar o título acima – “Qualquer coisa”.
Num canto da praça, bem junto à praia, havia uma sorveteria. Naquela tarde o calor era grande e para lá fomos tomar sorvete.
Encostamo-nos no balcão e começamos a ler a placa que, do alto da parede, nos oferecia diversos sabores. Entre eles um sabor que chamou nossa atenção. Estava lá escrito “QUALQUER COISA”. A proprietária foi logo explicando: estava cansada de ouvir os fregueses pedir qualquer coisa. Experimentei o tal sorvete e não mais me esqueci do “QUALQUER COISA”.
Hoje o professor Felipe sugeriu que escrevêssemos sobre qualquer coisa. Ta ‘i!
Por J. Carlos
Um comentário:
eita sabor arretado de petinente
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